A campanha eleitoral vai avançando e as promessas vão se multiplicando. Podemos perguntar: já temos as informações suficientes para a tomada de uma decisão esclarecida sobre o projeto que queremos conquistar: a libertação do Maranhão? Ainda hesito em dar minha resposta. Por quê? Escuto promessas já feitas há vinte e trinta anos, sem resultado. E ainda tem gente que acredita que vai acontecer. Escândalos continuam a fazer parte do nosso cotidiano. Exemplo: a quebra do sigilo fiscal e suas fraudes. As mais altas autoridades ainda debocham sobre eles e manipulam o povo levando a crer que se trata de armadilha inventada para prejudicar a campanha da gente de bem!!! E ainda tem gente que dá crédito a esta conversa. Porque é assim?
No Maranhão já nos libertamos do coronelismo? Talvez que ainda não. Estamos a caminho e estamos nos preparando a dar um BASTA à reprodução das práticas autoritárias e violentas do coronelismo que se aproveita da desinformação das pessoas, em particular das mais carentes de ensino e de informação para manipulá-las e levá-las a tomar decisões em acordo com a vontade do coronel. Infelizmente, estas práticas ainda se fazem presentes no nosso cotidiano.
E, como se não bastasse viver com os resquícios do coronelismo, temos no Maranhão um agravante: a pobreza do Estado e do seu povo está sendo protegida por medidas exclusivamente assistencialistas. O coronelismo fez aliança com o populismo. O coronel e o populista se deram as mãos. Ganhamos a sobrevivência acompanhada de uma nota que diz: “isso é o preço de sua dignidade, saiba reconhecer este favor”
Povo do Maranhão, reduzir a dignidade da pessoa ao preço de uma sobrevivência é injuriar o próprio Criador que nos fez “à sua imagem e semelhança”. É uma medida populista praticada por populista. Em efeito, existem líderes populistas. O que são eles ? Francisca Socorro Araújo explica que o populismo é “basicamente um “modo” de exercer o poder. Ou seja, dá-se uma importância ao povo, às classes menos favorecidas, cuida-se delas e, assim, conquista-se sua confiança, o que permite que se exerça um autoritarismo consentido, uma dominação que não é percebida por quem é dominado.”
Vê-se que o populista não se caracteriza pelo seu conteúdo mas pelo modo de exercer o poder combinando o seu carisma com o autoritarismo e a manipulação. Ele se envolve emocionalmente com o povo e esquece colaborar para sua verdadeira educação. Em nome da democracia prioriza as demandas das classes menos favorecidas mas estabelece mecanismos de controle até da midia. O líder populista não tolera as oposições pois sua prática se limita a distribuir “favores”. Assim sendo, o coronel e o populista tem boa chance de se entender bem pois os dois exercem o poder de maneira diferente mais os dois tem o mesmo objetivo:manter e controlar o PODER
O projeto de libertação do Maranhão não é um projeto elitista mas um projeto assumido pelo povo e conquistado pelo povo. Ele é a busca de uma sociedade verdadeiramente democrática onde os favores serão substituídos pelos direitos, onde o assistencialismo será substituído pelo trabalho e pela conquista e onde o autoritarismo será substituído pela igualdade e pela harmonia das classes sociais. Libertar o Maranhão é libertar-se do coronelismo e do populismo.
Quero parabenizar você que colabora na campanha atual sem a preocupação de ocupar um espaço no próximo governo porque você entendeu que a libertação do Maranhão, antes de mais nada, não passa pela luta de um espaço ocupado por você mas pela luta que abre o espaço para o povo participar da vida pública. E você que entendeu isto e sabe que é a condição para que se abra o caminho da felicidade para o povo do Maranhão, ajude, não por FAVOR mas por DEVER, o seu vizinho ou a gente do seu bairro a compreender que a LIBERTAÇÃO depende da soma de nossos esforços e que o voto que cairá na urna dirá o que queremos: um Maranhão livre ou dependente do coronelismo e do populismo
Está chegando a hora ! O “Davi”, povo do Maranhão dará o “basta” final ao “Golias” coronel e populista. Esteja firme e combata o bom combate. Quem dera se a gente pudesse ouvir a voz de Deus que dizia ao povo dirigido por Moisés : “Farei de você uma grande nação”. “Farei de você, Maranhão, um grande Estado”
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