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'Único jeito de Lula se candidatar em 2014 é se eu ganhar', disse tucano.
Marina Silva foi entrevistada na quinta; Dilma recusou convite.
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, participou nesta sexta-feira (10) de sabatina no jornal “O Globo”, no Rio de Janeiro. Serra respondeu perguntas de jornalistas e de leitores durante cerca de uma hora e meia. A presidenciável do PV, Marina Silva, foi entrevistada nesta quinta-feira (9). Dilma Rousseff (PT) recusou o convite, segundo o jornal.
Durante a bateria de perguntas, Serra apresentou propostas do seu plano de governo e respondeu a questões polêmicas como a quebra de sigilos fiscais da sua filha, Verônica, do seu genro e de integrantes do PSDB.
Ao final da sabatina, Serra fez uma análise do cenário político em 2014 e disse que Lula só terá chance de voltar ao Planalto se for ele, Serra, o eleito em outubro. “Se a Dilma ganhar, o Lula não se elege nem deputado em 2014. O Lula só tem uma chance de ganhar em 2014. Seu eu ganhar eleição. O que aconteceu com o Maluf em São Paulo? Ele elegeu o Pitta e deu nisso. O único jeito de Lula se candidatar em 2014 é se eu ganhar.”
Serra também negou que tivesse vergonha ou omitisse o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de sua campanha: “Se for verificar meu discurso na semana passada, em São Paulo, a todo momento eu entro na análise do que aconteceu no passado [governo FHC]. Isso é um falso debate.”
O tucano descreveu uma conversa que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro deste ano, quando pediu ao presidente para tomar providências sobre informações de sua família que estavam circulando em blogs supostamente petistas. Segundo ele, o diálogo se deu em 25 de janeiro, oportunidade em que o próprio Serra comunicou a Lula que seria candidato a presidente.
“Eu fiz um comentário numa entrevista de TV, que alguém ouviu e passou para um jornal. No dia 25 de janeiro, teve o aniversário de São Paulo, e o Lula foi convidado. Depois da reunião, nós conversamos. Eu disse ao Lula que iria ser candidato a presidente. Eu já tinha tomado a decisão de sair no dia 25 de janeiro e transmiti ao Lula. Ele nunca passou isso para fora, e a conversa girou em torno disso”, afirmou Serra.
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Foi depois de avisar o presidente de que se candidataria, que Serra entrou no assunto da quebra de sigilos. “No final, eu passei a ele cópias do blog dele e da Dilma. Ele não tem blog, mas tava lá: ‘Amigos do Lula’. Eu disse ao Lula que o blog tinha coisas sujas a respeito da minha família e da minha filha. Aí eu falei para ele: ‘se puder parar isso, imagina se for ficar pegando família de um lado para o outro. Imagino que devem até estar quebrando sigilos’. Mas isso ocupou cinco por cento do tempo da conversa.”
O candidato tucano também foi interrogado se após as eleições de outubro, partidos como o PT e o PSDB poderiam se unir em um projeto comum. Serra brincou, afirmando que os tucanos que acreditavam em uma união com petistas eram mais “exóticos” que a própria espécie e descartou a hipótese: “Não conheço esses tucanos, devem ser mais exóticos que o natural. Tem uma diferença entre o PT e o PSDB muito grande.”
O tucano também acusou o PT de patrocinar uma “indústria de blogs sujos” e dedicados à “difamação”: “Tem uma indústria de blogs sujos mantidos pelo PT. E que se dedicam à difamação. É um negócio horroroso.”
Congresso
Sobre a relação com o Congresso, o presidenciável do PSDB prometeu conduzir com habilidade a relação com o parlamento e não perdeu a oportunidade de alfinetar Lula afirmando que o governo foi um dos mais fracos na relação com o Congresso.
Sobre a relação com o Congresso, o presidenciável do PSDB prometeu conduzir com habilidade a relação com o parlamento e não perdeu a oportunidade de alfinetar Lula afirmando que o governo foi um dos mais fracos na relação com o Congresso.
“Eleito presidente, a parte política estará bem conduzida. Conheço a vida parlamentar e tenho certeza que conseguirei elevar satisfatoriamente a questão política no Congresso embora as forças majoritárias do Congresso sejam aliadas deles. O governo Lula tem sido os mais fracos da história em termos de Congresso Nacional”, disse Serra.
Dilma Rousseff
Principal concorrente de Serra, a presidenciável Dilma Rousseff, também mereceu críticas, quando Serra afirmou que o Brasil não iria eleger um “envelope fechado” e classificou Dilma de “alguém” com idéias contraditórias.
Principal concorrente de Serra, a presidenciável Dilma Rousseff, também mereceu críticas, quando Serra afirmou que o Brasil não iria eleger um “envelope fechado” e classificou Dilma de “alguém” com idéias contraditórias.
“O Brasil não vai votar, não vai eleger um envelope fechado. Alguém que ou não tem ideias ou tem ideias contraditórias. Poderia dar aqui numerosos exemplos. Efetivamente é uma campanha terceirizada [a de Dilma]. As pessoas vão se dando conta inclusive nessa reta final”, disse.
Reeleição
Ao ser questionado sobre a possibilidade de encerrar no seu governo a possibilidade de reeleição, Serra disse ser simpático à ideia, mas afirmou que não irá transformar o fim da reeleição em um “objetivo” de governo. “Reeleição não é uma boa não deu certo no Brasil. Não vou transformar isso em um objetivo de governo, mas posso encaminhar esse assunto se houver uma vontade [de debater a ideia]”, afirmou.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de encerrar no seu governo a possibilidade de reeleição, Serra disse ser simpático à ideia, mas afirmou que não irá transformar o fim da reeleição em um “objetivo” de governo. “Reeleição não é uma boa não deu certo no Brasil. Não vou transformar isso em um objetivo de governo, mas posso encaminhar esse assunto se houver uma vontade [de debater a ideia]”, afirmou.
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